Existem fronteiras demais...
Fronteiras
Divisas
Separações
Para que, se já existe o tempo
Que separa e divide tanto e com tal
Eficácia
Tempo de chegar
Horas eternas que separam o encontro
Para que mais barreiras
Para que tanta aduaneira
Peça adaptada a partir da obra do escritor Peter Bichsel, representante a literatura germânica moderna. São três contos que se desenrolam num espaço minimalista de cênica envolvente transformando o palco num ambiente de intimidade entre os espectadores e elenco. Depois de aconchegado, o público é levado para o mundo de solidão dos personagens de Bichsel. Com dramatização impecável os atores contam as histórias destes solitários que buscam algum sentido, algum norte ou oeste que os faça pertencer. "O homem que tinha memória" nos faz recordar nossas próprias memórias e perceber nossas tentativas de pertencimento na sociedade e de forma sublime nos provoca uma catarse, nos levando a um mundo de solitude e contemplação dos personagens e de nós mesmos.