sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Com a cabeça na luz
Hoje olhei para minha varanda e no chão, tantos insetos mortos. Varri todos para o lixo, pensando na inutilidade de suas vidas enquanto insectos. Existem tão somente para fazer parte de uma cadeia alimentar. Enquanto isso, como extasiados, procuram a luz da lua e a seguem. Mas de tão inúteis nem sabem destingir a luz da lua com outra luz qualquer, por mais tênue que seja. Mas a lua nunca os mataria pois nunca chegariam até ela. Que maldade do ser inventor dos instintos que não pode prever para os insetos voadores as luzes artificiais!
Mas ao pensar nisso, ocorreu-me que acontece o mesmo ao ser humano, dito pensante e muito útil, que em busca de uma luz maior tem buscado tantas outras coisas com brilho tênue e/ou inexistente, com a certeza de chegar por estes meios esta luz de lua a que chamam felicidade.
Batem a cabeça em cada peça, em cada esquina, em cada material transformado em objeto que rondam e completam a sua existência, para assim a pouco e pouco morrerem mais um pouco.
E nem este ser(humano) instintivo. Talvez estejam mais para institucional. E enquanto isso, a luz suprema, a luz da lua, a luz da felicidade sincera fica esquecida, escondida pelo artificial, pelo superficial. Esquecemos que o profundo é o que é de mais elevado!
Talvez, aqueles insetos, não estejam tão errados. Foram, de qualquer forma, morrer perto da luz, seja ela qual for.
O racional morre pelos meandros...
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